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Sabem que mais? São as pequenas coisas da vida que a fazem realmente boa.

Tenho vindo a constatar que isto é de facto verdade e não uma patranhada que "a gente grande" (muitas vezes mais minúsculos que uma cabeça de alfinete) atira para o ar, como até aqui achava que era.

Eu, pessoalmente, não posso ser considerada uma pessoa alegre. Não sou, não é o meu jeito de ser. É raro rir espontâneamente ou sorrir sem razão. Tenho os meus maus humores frequentemente.
Não se coaduna com a minha racionalidade (por vezes excessiva) ser despreocupadamente contente.

Talvez seja isso o que há em mim do amigo Pessoa (sim, Fernando Pessoa, eu gosto dos poemas dele, processem-me por ser croma) - uma incapacidade de ser livre, totalmente carefree, por estar esmagada debaixo de um enorme calhau de pensamentos e reflexões e preocupações e análises.

No entanto, consigo ser feliz. Em breves e fugazes momentos. E esses momentos são precisamente aquilo que adoça a vida. Seja o sorriso de alguém que amamos, seja um beijinho ou um toque, seja fazer crepes para o namorado. Seja comprar um verniz novo, pôr um perfume que cheire mesmo bem, maquilhar-me, seja sair de casa a sentir-me bonita. Seja ir à praia, apanhar sol, passear, andar de carro, abrir a persiana às seis da manha, cheirar uma noite de Verão. Seja beber chá, ou café, ou limonada, ou leite com café. Seja comer um mil-folhas ou até uma torrada - Cada uma destas pequenas e insignificantes coisas que por um momento, fazem valer a pena acordar todos os dias e viver, nelas está o segredo para ser feliz.


E se alguém vos parecer constantemente feliz... Interroguem-se se não têm à vossa frente pessoa mais triste de sempre - a felicidade também se encontra em ser verdadeiro connosco próprios. Digo eu, claro.






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