Finalmente, dia 9 recebi as minhas notas dos exames. Não foram más, não foram boas.
E por isso aproveito para, antes de dar início ao post propriamente dito, destilar um bocado de ódio ao paspalho do Nuno Crato.
Esta pessoa, ou melhor, ministro; em vez de fazer mudanças relevantes (não esta pseudo-reforma cujo único objectivo é a contenção de custos) na estrutura desta vergonha (diz que se chama sistema educativo) para melhorar a sua qualidade e deixar os alunos preparados para a vida futura; tem a excelente ideia de lixar o pessoal atirando-nos, de surpresa, exames muito mais difíceis do que para os que fomos preparados. Exigir, do súbito, a quem nunca habituaram à menor exigência foi... incorrecto. Digamos até, uma facada nas costas de quem anda a lutar por médias. Como se isto não bastasse, tira-nos, completamente à traição (mudando as regras a meio do jogo para o pessoal de 12º que deixou exames de 11º para fazer melhoria este ano), a possibilidade de ir à segunda fase subir notas. Ou seja: não só nos lixa como também não nos deixa ripostar.
Isto dito, as notas que tirei felizmente permitem-me ir para o que inicialmente queria: Medicina em Coimbra. Como tal, fui com a Inês ver de quartos.
"Quartos? Em Coimbra? Há aos pontapés, FÁCIL!" - Dizem voces.
Quartos? - Sim, há aos pontapés. Quartos BONS a preços razoáveis? - Boa sorte com isso, ma friend...
De facto, encontrar quarto em Coimbra é uma odisseia e pêras. Atrevo-me até a dizer que se Camões tivesse tentado arrendar um, teríamos, em vez de "Os Lusíadas", uma epopeia épica intitulada "Os Chulíadas" - um retrato revoltante de como velhas chicas-espertas chulam indecentemente os pobres estudantes.
Desde casas com mais de 100 anos, casas com uma casa de banho para 7 meninas, quartos a tresandar a mofo e com bolor nas paredes, até senhorias intrometidas que acordam as residentes do nada, e (ao estilo de uma rusga) as obrigam a mostrar-nos o seu quarto sem aviso prévio...
O princípio é "máximo lucro, mínimo trabalho". Pedem balúrdios por quartos em casas com condições lastimáveis e nem as despesas (água, luz, gás e internet) se dignam a incluir. A situação piora com a proximidade aos pólos universitários.
Ou seja, das três uma:
- Vivem num bom quarto, perto da universidade, e pagam uma fortuna por isso.
- Vivem num quarto velho e degradado, perto da universidade, e continuam a pagar uma fortuna, ainda que ligeiramente menos escandalosa, por isso.
- Vivem num bom quarto, longe da universidade, ainda assim pagam forte e feio, e sujeitam-se aos autocarros.
Pessoalmente, inclino-me para a última opção - o andar a pé e os transportes públicos assustam-me muito menos do que 200 e muitos euros de renda. Ou do que ir para a universidade com aranhas no cabelo.
Depois de algumas 10 visitas, eu e a Inês já temos em mira dois quartinhos. Um pouco longe da universidade, mas com boas condições e uma renda aceitável. E um senhorio porreiro. A quem se quer candidatar a Coimbra recomendo começar a busca o quanto antes. E ... Boa sorte com isso, ma friend.
E por isso aproveito para, antes de dar início ao post propriamente dito, destilar um bocado de ódio ao paspalho do Nuno Crato.
Esta pessoa, ou melhor, ministro; em vez de fazer mudanças relevantes (não esta pseudo-reforma cujo único objectivo é a contenção de custos) na estrutura desta vergonha (diz que se chama sistema educativo) para melhorar a sua qualidade e deixar os alunos preparados para a vida futura; tem a excelente ideia de lixar o pessoal atirando-nos, de surpresa, exames muito mais difíceis do que para os que fomos preparados. Exigir, do súbito, a quem nunca habituaram à menor exigência foi... incorrecto. Digamos até, uma facada nas costas de quem anda a lutar por médias. Como se isto não bastasse, tira-nos, completamente à traição (mudando as regras a meio do jogo para o pessoal de 12º que deixou exames de 11º para fazer melhoria este ano), a possibilidade de ir à segunda fase subir notas. Ou seja: não só nos lixa como também não nos deixa ripostar.
Isto dito, as notas que tirei felizmente permitem-me ir para o que inicialmente queria: Medicina em Coimbra. Como tal, fui com a Inês ver de quartos.
"Quartos? Em Coimbra? Há aos pontapés, FÁCIL!" - Dizem voces.
Quartos? - Sim, há aos pontapés. Quartos BONS a preços razoáveis? - Boa sorte com isso, ma friend...
De facto, encontrar quarto em Coimbra é uma odisseia e pêras. Atrevo-me até a dizer que se Camões tivesse tentado arrendar um, teríamos, em vez de "Os Lusíadas", uma epopeia épica intitulada "Os Chulíadas" - um retrato revoltante de como velhas chicas-espertas chulam indecentemente os pobres estudantes.
Desde casas com mais de 100 anos, casas com uma casa de banho para 7 meninas, quartos a tresandar a mofo e com bolor nas paredes, até senhorias intrometidas que acordam as residentes do nada, e (ao estilo de uma rusga) as obrigam a mostrar-nos o seu quarto sem aviso prévio...
O princípio é "máximo lucro, mínimo trabalho". Pedem balúrdios por quartos em casas com condições lastimáveis e nem as despesas (água, luz, gás e internet) se dignam a incluir. A situação piora com a proximidade aos pólos universitários.
Ou seja, das três uma:
- Vivem num bom quarto, perto da universidade, e pagam uma fortuna por isso.
- Vivem num quarto velho e degradado, perto da universidade, e continuam a pagar uma fortuna, ainda que ligeiramente menos escandalosa, por isso.
- Vivem num bom quarto, longe da universidade, ainda assim pagam forte e feio, e sujeitam-se aos autocarros.
Pessoalmente, inclino-me para a última opção - o andar a pé e os transportes públicos assustam-me muito menos do que 200 e muitos euros de renda. Ou do que ir para a universidade com aranhas no cabelo.
Depois de algumas 10 visitas, eu e a Inês já temos em mira dois quartinhos. Um pouco longe da universidade, mas com boas condições e uma renda aceitável. E um senhorio porreiro. A quem se quer candidatar a Coimbra recomendo começar a busca o quanto antes. E ... Boa sorte com isso, ma friend.