...because I think "I'm Sorry" and "I Love You" aren't being enough.
I wish I could stay to remind you of how much you actually love me. I wish I could stay to remind me of how much I actually need you.

But I won't be around to fight your demons with a smile. You won't be able to sniff away the anger, nor will you be reminded by my puffy cheeks of how you cute I can be.

And I... I won't always be able to read between the lines of the nasty texts you send me. I'll try, I promise I will! I owe you that. I owe you a lot more, in fact. I owe you more than I have to give.

Don't get madder if I can't help but to react to the mean but truthful things you say. Patience is not one of my strengths, you know that. 
I apologize beforehand.

But if only you knew how meaningless life is without you. Maybe then you'd understand all the craziness .. I know it was me who gave up on you. But I do learn from my mistakes. And I swear to God I'm not doing it again. No matter how many hurtful things you might say  or write, you're not getting rid of me that easily. Nope. I told you I'd fight.

Go ahead, treat me like crap. I do deserve it... And I will endure it. At least as long as there's a light at the end of this tunnel (which there always will be).

 Don't you give up on me, please! Don't you let the rage take over your mind. 

Just wanna put the light back in your eyes.


 
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Geez, é tão difícil forçar-me a estudar. Até já perguntei à minha mãe se precisava de ajuda
tamanho é o meu desespero para me escapar dos horrores da Bioquímica.

Quase tão difícil como tentar fazer dieta na Páscoa. (falhei, btw) 

Por isso vim antes escrever aqui no blogzito, ando-me a sentir criativa. Ou não. É só para evitar mergulhar nas patologias metabólicas *snorefest*

Hoje proponho uma digressão pela virtualidade reinante nas relações interpessoais de hoje em dia... Esta realidade virtual que continua a ganhar terreno à conversação ao vivo e que ameaça destruir o tecido sociocultural através de uma crescente degradação da fibra moral das novas gerações merece uma rubrica no meu humilde blog a que darei o título de:


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Would you just stop stalking my facebook and bitchslapping me on ask.fm already?
(what happened to the good ol' stink eye techique?)

À esquerda: A cara que certas pessoas fazem quando vêem o meu facebook, tirando que elas são feias, muahahaha (a)

Yes, it's true. Também eu ganhei a minha legiãozinha de haters no ask.fm. Pessoas que não se apercebem que com as suas asks (que devem ter como intenção fazer-me sentir mal) só me estão a divertir...
Não, agora a sério pessoal, vocês divertem-me mesmo! Nem imaginam a pica que dá imaginar-vos aí todos maldosos atrás dos vossos PCs a destilar ódio e mesquinhez. Até imagino o risinho maléfico que se esboça nos vossos lábios. Algo tipo:
Eu cá penso para os meus botões: "Ahahaha, devo mesmo irritar algumas pessoas" e esboço o mesmo sorriso enquanto respondo à ask, entrando no jogo.
Admito, uma pessoa sente-se mesmo importante ao saber que chateia estes indivíduos ao ponto de eles se dedicarem a perder tempo a tentar fazer-te acreditar que és uma pessoa horrível. Por isso tenho uma adição a fazer ao título desta rubrica:

oh god, please don't! Keep entertaining meeeee!

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No que diz respeito à opinião que tais seres nutrem acerca de mim, de momento não podia querer saber menos.

No que diz respeito à motivação que tiveram para ir meter nojo para o meu ask...
não podia estar menos interessada.

O que me chateia mais é não saber quem estas pessoas são. É que cobardes que se escondem atrás do anonimato de certeza que nem a coragem de me mandar olhares fuzilantes na vida real têm.
Provavelmente ainda vêm ter comigo todos cínicos a pedir-me apontamentos ou assim.

Oh well. Look at all the fucks I give!

Mas reparem nos parágrafos anteriores. Atentem na expressão "de momento"...

É verdade gente, houve um instante em que pensei: "bolas, sou assim tão má?" "devia mudar a maneira como me comporto..." "meu deus, porque é que toda a gente me odeia?".... Afinal sou meramente humana... tenho aquela tendência inconveniente de me importar com o que os outros acham ou deixam de achar.

Durou aproximadamente 2 segundos, este momento de fragilidade. O tempo de ir falar com quem importa. Principalmente com o destinatário do último post.

E apercebi-me que estava a ser tola. É claro que vai haver pessoas que me odeiam. Por favor, com um feitio como o meu? Devia é estranhar ainda haver asks normais no meu perfil, Grazina style.

Felizmente há pessoas que nem desgostam do meu jeito de ser :) Provavelmente as mesmas pessoas que se deram ao trabalho de olhar através da primeira impressão que dou (admito que não é a melhor). 

Por isso queria-lhes agradecer por terem a bondade de não se precipitarem a tirar conclusões sobre mim.

E queria também, obviamente, agradecer ao meu séquito de "inimigos" pelos momentos de puro gáudio que insistem em providenciar-me. Aliás, todo este post é um agradecimento: espero fazer-vos sentir tão importantes como voces me fazem a mim. "omg, aquela cabra escreveu um post para mim, yaaaay!"  Seriously guys, I anxiously await your next strike! :D

Para aqueles que ficaram curiosos ou com vontade de se juntar ao clã e divertir-me mais um bocadinho: http://ask.fm/em3jotaaa

É como um dia um tontinho me disse: "Haters are just confused admirers". E sim, estou a ser extremamente arrogante ; ) (refer to batman picture above)


 
So I promised you I'd write something... but I really can't sit here and write some fancy text about some random subject, like I used to do.

I know you like reading my thoughts on things, you say you like looking inside my mind... The truth is that you already do that  every time you're with me.

 It's funny, actually. After a bit more than 2 years of knowing me (1 year and 10 months of those spent in this relationship) you seem to know me better than anyone else, better than me, actually.

Have I ever told you how amazed I get every time you start analyzing my tiny expressions? How the hell have you gotten to know all of them that well? How do you know, just by this one look I throw at you
that I'm starting to get annoyed? How can you tell I'm lying just by the tone in my voice? How do you always notice when something's wrong?
Then I remember all the times I catch you staring at me (or sniffing my hair, for that matter) while I watch movies, while I'm studying, while I cook...
And then I realize that in some unknown way I too can always tell when you're bummed about something... when you're worried. When you need a hug, when you're craving for a kiss. When you are pissed at me, when you haven't approved of what I've done or said. Even if you try to deny it.
I guess this is what being a couple is.

Sometimes I worry about when one day we'll live together. I'm feisty and angsty and moody. I always screw up with you on my bad days.
I get all bitchy and scream at you while we argue only to feel bad about it 5 minutes later, come back, apologize, and give you a hug... and do it all over again an half an hour after.
How can you stand me? How can you forgive all the sh*t I do, all the time?

"The guy must really love you.", I say to myself. You seem to adore me even when I'm being a despicable human being. You seem to love me even when you hate me. You keep on liking me when I don't even like myself.




Even when I'm like
And you get all like
And still we both just wanna
To always end up like
And that's how I know that no matter how fucked up we get, we always seem to find our way back together. Thank you for putting up with me time and time again.

I love you.

Sorry for not saying it more often. 
 
Entre aspas, sim, porque "Época de Exames" não transmite bem o terror que paira sobre  a FMUC em dias destes. 
Normalmente, a palavra "Exame" já seria suficiente para aterrar o mais comum dos estudantes universitários. Mas não, estudante de medicina tem c*lhões (terminologia científica) de aço blindado revestidos de ouro com diamantes incrustados e enfrenta de cara olheireinta uma infinidade de exames, orais ou escritos, por vezes no mesmo dia, quase sempre em dias consecutivos, das mais variadas cadeiras que já devia ter feito por frequência, mas que por motivos incógnitos, tem de fazer por frequência para ser sequer admitido a exame, ou então chumba que até anda de lado. Porque dizem que somos "uma elite" e tal. Bem, se elite quer dizer com falta de sono, vida própria e memória em disco, estamos no caminho certo. Se nos queixamos, ainda apanhamos com o típico "e as centenas de candidatos que davam tudo para ter entrado?". Comes e calas, belhote, que ainda tens a drenagem linfática do quadrante postero-supero-esquerdo do ligamento tirocostoesternoprancreaticocolicorectoesplenocárdico oblíquo para estudar, e o Netter e o Pina e o Martins cada um diz de sua sentença e ninguém sabe o que diz o prof. Antunes nas aulas porque estava tudo ressacado da latada... e mesmo que não estivesse não tinha entendido ponta de um corno do sacro daquilo que ele disse.

E assim se fazem as cadeiritas. Eu por cá, ainda não chumbei a nada, mãezinha, tenho tirado boas notinhas e está tudo "muito benzinho". A minha sanidade mental já viu melhores dias, o meu pescoço dói só de lhe encostar uma pontinha do dedo (especialmente na zona do processo espinhoso da C7) e a minha cabeça está cheia de pormenores ridículos da anatomia do tronco. Tenho saudades de casa. Tenho saudades de ter uma conversa com alguém da minha idade que não envolva medicina. Sinto a falta de uma noite completa de sono. Morre um pedaço de mim sempre que fico em casa fechada a estudar. E subitamente, penso... caramba, valerá a pena?

Caga nisso, há cenas piores.


PS: Secundário, volta, estás perdoado!!!!
 
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2013. 2012 passou, parece. Digo parece porque passou tão rápido que eu nunca diria que se tinha passado um ano. 
Tanta coisa aconteceu, tantas mudanças, tanta agitação...
 A passagem de ano foi mais como um toque do despertador, às 6:50 da manhã:
 Deitaste-te à 1 da manhã, dormiste quase 6 horas, mas esse tempo não te pareceu mais que 5 minutos. E porra, mereces mais do que 5 minutos de sono! Mas o despertador continua a tocar... a lembrar-te que tens de te levantar para Anatomia, que nao podes perder o autocarro, que tens de ir tapar as borbulhas com base. E não digas que não tens sorte, Maria João, ao menos nunca ficas com olheiras!

E é isso que foi a minha passagem de ano. A wake up call. Eu merecia mais tempo. Merecia mais tempo com ele. Mas o ano 12 passou. Chega o 13 agora. Número de azar? Não sei, mas tens de acordar de qualquer modo. Sabes que tens, já chega de dormir! Chega de desejar que o relogio voltasse atrás. Chega de te virares para o lado e adormeceres de novo, ignorando o tocar irritante das tuas responsabilidades e dos teus princípios.

Sabes que não te tens portado bem. Pára de inventar desculpas! "Sempre fui boa menina, está na hora de ser mais destemida..." Não estás a ser destemida, estás a ser estúpida. Nem sequer te estás a divertir tanto como finges. Eu sei que tiveste mal, uma fase confusa, mas pára de fazer pior! É estúpido pensar que de algum modo, fazer pior vai melhorar alguma coisa. E andas a magoar pessoas desnecessariamente. Pessoas que não merecem.

O despertador não pára de te rosnar que atines, e vais atinar. Chega de "amanha começa a dieta" ou "as coisas vão se resolver"! As coisas não se vão resolver a menos que mudes e as tuas coxas e pança nao voltam a encolher a menos que feches essa boquinha, sua comilona. Por isso, começa hoje a dieta, começa hoje o estudo a sério, começa hoje uma vida mínimamente regrada.

És tão de extremos. Passaste um ano a viver segundo 1001 regras que te restringiam e te faziam miserável. Uma a uma, foste quebrando-as. Quebraste demasiadas! Pára!

Eu sou boa rapariga. Okay, talvez não seja assim tão boa. Mas não sou má. Não sou má por natureza! Tenho sido má, ultimamente. Tempos complicados aquí no sótão, está bem. Mas para a pessoa que menos merece neste mundo, tenho sido ainda pior, e isso NÃO está bem.

Mas tudo vai mudar. 2012 passou, e deixou as suas marcas. Deixou as memórias dos percalços, mas também das conquistas. Dos erros, que sei que foram muitos, demasiados nestes últimos tempos, e cuja existência lamentarei, inutilmente, por não poder já corrigi-los.

   Deixa uma família, finalmente unida. E ainda por cima com uma pulguita de 9 mesinhos mesmo mesmo gira e espertalhona que gera aqui na tia rios e rios de baba.
   Deixa muitas amizades, tanto das antigas e quase cimentadas, que reconfirmaram o seu verdadeiro valor, como das novas que a cada dia me mostram que ainda há esperança para esta vida. E sim, refiro-me à minha super-madrinha, que depois de acordar a sentir-me da pior escumalha à face deste planeta conseguiu, com a normal fofura, pespegar-me um enorme 
sorriso na cara e lembrar-me "hey, maybe you're not totally hopeless!". Madrinha essa que todos os dias me lembra de que é possível ser uma pessoa incrível e ainda assim alcançar objectivos e vencer dificuldades.
   Deixa, espantosamente, um amor, que de tão forte e essencial, resistiu a distâncias e outros estragos, e que, com cuidadinho agora,  vai ser conservado bem perto na minha alma, já que não o posso conservar bem perto  do meu corpo.

   Deixa também, infelizmente, alguns "inimigos" (detesto essa palavra), ou "pessoas mal impressionadas com a minha pessoa", que sem muita esperança esperarei que desistam de me detestarem tanto. Mas sei bem que o ódio prejudica principalmente quem o tem de carregar no peito, já arquei com essa carga. Por isso, não odeio ninguém, desisti desse disparate :) 

Venha 2013, com todas as marcas de 2012! E com ele, uma total mudança de atitude da minha parte... Começando já pela dieta, caramba, é agora que me vou pôr a saladas x)

Tudo isto para vos desejar um óptimo ano, pessoal que me anda a chagar no ask xD E para fazer passar uma mensagem e um pedido de desculpas público. E também um pedido de desculpas a mim mesma, por andar a tratar tão mal de mim.

Feliz 2013, para todos :)


 
Hoje acordei pela primeira vez, em Coimbra. É verdade, o tempo voou... E agora estou eu aqui, sozinha num T5 duplex (as minhas roommates só chegam hoje).

Já disse isto milhões de vezes, mas parece mesmo que foi ontem que eu estava toda entusiasmada por ir para o Secundário "-Woah, 10º ano, Ciências e Tecnologias!". É ridículo... pensar que eu tinha dúvidas nessa altura quanto ao meu futuro, à minha capacidade de me aguentar, às notas, aos trabalhos, à turma.
Cheguei mesmo a duvidar do curso que escolhera. Deus sabe que o meu 10º ano foi passado a pensar que devia era ter ido para Artes.

E agora estou eu aqui, numa casa, a viver sozinha. Sem os meus pais.
Esses estão, por enquanto, a 50 km de distância, na minha casa (se é que não é esta agora a minha casa). E eu que me desemerde! Com os autocarros, com as refeições, com as anatomias e as bioquímicas. E com a praxe. E com os 255 outros caloiros de Medicina, que devem estar em situações similares à minha e que eu espero desesperadamente que queiram ser meus amigos. Tipo criança de 5 anos que aborda um menino na praia e pergunta-lhe se ele quer brincar com ela.
 
Saudades desses tempos em que fazer amigos era assim ...simples e instantâneo.

Porque é assim que eu me sinto, em parte: uma criança, perdida numa cidade enorme e só meia conhecida. Parece um monstro pronto a engolir-nos.
E ao mesmo tempo, sinto-me incrivelmente crescida, senhora de mim mesma, independente. Cheia de... iniciativa.

E enquanto tento fugir a um passado desagradável de zangas, intrigas e invejas (que todos temos, sejamos honestos) lamento também a sua passagem. Despeço-me, não completamente, dele. 


Mal via a sua silhueta, malditos vidros fumados! Via mais claramente o meu próprio reflexo neles: um sorriso disforme, claramente forçado, tentava disfarçar o  desgosto que se ia esboçando na minha cara. Consegui distinguir, com dificuldade, alguns contornos do rosto que amava. 
O comboio mexeu-se. Ia partir. Senti os olhos encherem-se-me de água. Acenei. A janela avançou, e quando soube que já de nada valia continuar ali, virei-me e deixei escapar duas gordas lágrimas.
Pus-me a mexer. Afinal, também eu tinha um autocarro para apanhar.
 
Não sei o que escrever, confesso. Apenas me apetece escrever, qualquer coisinha, para não te deixar assim abandonado, blog. De qualquer modo, falta pouco para abandonar todos -  e ainda não decidi se é realmente bom para mim fazê-lo.

Digo a mim mesma que sim. Mesmo que não seja bom, é necessário. Inevitável. E por isso, já me conheces, acendo o positivismo que há em mim. Se bem me conheces, sabes também que volta e meia tenho maus-contactos e lá se apaga a centelha de esperança.
Não dura, dou a mim mesma uma murraça e lá se evita uma reparação a sério, desta vez.

...E vou-me entretendo, planeando os detalhes mundanos daquilo que será a minha vida - horários das aulas, dos autocarros, papelada para as matrículas, decorações para o meu quarto, etc... - passo horas a devanear com essas coisas, com as pessoas que hei de conhecer, com o que hei de estudar, com o que hei de viver. Assim impeço-me de pensar no que vou deixar para trás: a antecipação suga o sustento mental à saudade e à nostalgia, qual erva-daninha no meu pensamento. 

Não irei arrancá-la. Afinal, é esta a sua maior utilidade -- toda a gente sabe que estes planos engendrados antes do tempo se desmancham como castelos de cartas à menor brisa, mas enquanto duram povoam-me o cérebro. 

Não completamente. Há sempre um cantinho em que se perfila a imagem de uma despedida dolorosa.
Não te ofendas com a minha aparente indiferença. Guardo a tristeza para quando me for impossível continuar a adiá-la. Virá toda de uma vez, numa vaga gigante. Prometo não me afogar. Prometo manter-nos à tona.
 
Aqui vai, como prometido, um post menos deprimente :)

Ora, sendo férias de Verão, decidi voltar a dedicar-me a alguns dos meus hobbies de antigamente... Eu costumava ser uma pessoa muito criativa, antigamente. Antigamente.

De qualquer modo, decidi voltar a ler livros, coisa que eu adorava fazer e parei do nada. Já não lia um livro há quase um ano. A não ser que considerem o "Memorial do Convento" um livro. Para mim, foi só um sacrifício. (a sério, que coisa mais intragável, mais valia darmos a lista telefónica)

Voltei a ler, e sendo forreta como sou, obviamente que não ia dar alguns 15€ por uma coisa que só dá verdadeiro prazer uma vez na vida. Como um gelado. Tirando que o gelado custa literalmente um décimo de um livro. Por isso, foi: 
"- Siga biblioteca municipal!"

E na biblioteca encontrei a Sveva Casati Modignani. Uma autora italiana que consegue expor de uma forma excepcional as dinâmicas das relações, amorosas e não só, tendo sempre como protagonistas mulheres fortes e vibrantes.
Conclusão: a não ser que sejam portadores de ovários, não vão achar piada aos livros. Se forem, vão identificar-se terrivelmente com eles, que mesmo retratando a vida de mulheres de meia-idade conseguem apelar à minha mísera experiência de vida de 17 anos. Têm bónus se forem também portadoras de um apêndice masculino (aka namorado/marido/amigo colorido).
Li estes três livros dela. Os das pontas são excelentes, recomendo vivamente que vão à biblioteca requisita-los, são super agradáveis de ler, com uma escrita leve, simples e escorreita. Fazem boa companhia, e acima de tudo, fazem-nos pensar sobre as ligações que criamos aos outros, sem nos maçar. Livros perfeitos para as férias. O do meio, "Qualquer coisa de bom" desiludiu-me. Não é um mau livro, mas é mais pequeno que os outros e isso nota-se: a história parece contada à pressa, inacabada - e por isso não escapa à insipidez. 

Tenho andado também a ler Joanne Harris, a autora do famoso "Chocolate" por influência da minha mãe que aqui há uns anos atrás devorou os livros dela. É um estilo completamente diferente: uma escrita bastante menos feminina e a apelar mais ao fantástico, à imaginação, à historia do que propriamente à vida real, não pretendendo que o leitor se identifique com as personagens, mas sim vá adivinhando as suas peripécias. Não são livros de fantasia, porém, são pautados por toques que conferem uma certa magia à narrativa. Mas a escrita continua a ser fácil de ler, que eu não suporto escritas com pretensões estilísticas estúpidas (i.e. Saramago). Comecei hoje a ler o Xeque ao Rei. Parece ser giro :) Os outros dois, foram, pelo menos.
Em suma, estou muito feliz por ter voltado a ler. É uma actividade relaxante, estimulante e que amplifica brutalmente a minha criatividade e imaginação. Ler um livro dá-me vontade de criar as minhas próprias histórias... E distrai-me das vicissitudes da vida quotidiana. Se não têm por hábito faze-lo, façam um favor a vós mesmos e tentem. Não perdem nada, e podem encontrar na leitura um vício enriquecedor.
 
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Hoje decidi-me sentir bonita. Sentir-me bem comigo mesma. É tão raro faze-lo ultimamente.

"Deus" sabe como este ano tem sido difícil para mim. Na ausência dos problemas do costume (i.e. família destroçada, encalhamento permanente, cansaço escolar), decidi inventar os meus próprios problemas. É sabido que sendo Maria João Brito estar plenamente feliz e satisfeita é um tédio, e uma condição impossível de manter por mais que alguns fugazes momentos.

Por isso agucei o meu perfeccionismo e daí em diante almejei a ideais que alcançáveis ou não me impunham regras e princípios cujo cumprimento era do mais vital para mim. Mas essas "leis absolutas" de como eu deveria viver a vida, restringiam-me, e ainda restringem. 

A antiga miúda que nos testes psicotécnicos tirava 1 em 10 no parâmetro do "cumprimento de regras" e 3 no "perfeccionismo" tinha-se tornado numa neurótica.

O pior é que grande parte do meu ideal de vida era inalcançável, e isso resulta numa tremenda frustração. Ninguém me compreendia, tirando o meu amigo Pessoa, que se não fosse o facto de ter morrido no século passado, teria sido um fantástico companheiro de devaneios acerca da soberba inutilidade da vida. E devia dar para apanhar umas sublimes bebedeiras com ele, também. Ora, sentindo-me apenas compreendida por poemas poeirentos de um louco morto e enterrado, lá me fui fechando sobre mim mesma... Um novelo enrolado para o lado de dentro.

A anti-sociabilidade que daí surgiu durou por uns longos meses, se não é que dura ainda. Deixei de ter paciência para as piadas, conversas e brincadeiras que sempre me divertiram... E se já antes era propícia a ser odiada com base na primeira impressão que a minha personalidade demasiado vincada deixa, a minha indiferença agravou o caso. Se já era insuportável, ainda mais insuportável fiquei.
E os outros, as pessoas, os amigos, eram insuportáveis para mim.

Se se estavam a perguntar porque é que eu tinha desaparecido do mapa, aí têm a explicação.

O único que ficou, ou o único a quem eu permiti ficar, foi o meu namorado, que dotado de uma paciência incrível lá ia lidando com os meus maus-humores, dramas e crises. Tempos negros, de facto.

Mas hoje estou melhor. Mais bem disposta. Há já alguns meses que me tenho vindo a libertar gradualmente dos meus complexos. A sentir-me um bocadinho melhor em ser eu. A aceitar que não posso ser outra pessoa.

Ainda assim, o que antes me sustentava tem-se vindo a degradar. Se antes estar com ele era melhor do que qualquer outra coisa que eu pudesse fazer (e por isso desisti de tudo o resto), hoje simplesmente não é suficiente*. A paciência dele para mim esgota-se cada vez mais rapidamente e idem quanto a minha para ele. As discussões e desentendimentos multiplicam-se. Palavras pontiagudas são atiradas, a ver quem fere mais o orgulho do outro. E assim se passam umas horas até tudo acabar em lágrimas e pedidos de desculpa e promessas que não podem ser cumpridas. Hoje que fazemos um ano e três meses, é só mais um desses dias maus que se têm vindo a tornar mais frequentes.

Mas hoje estou determinada a sentir-me bem comigo mesma, sabem? Tomei um longo duche, lavei o cabelo e esfreguei o corpo escrupulosamente, para me sentir imaculada. Espalhei creme no corpo, e até nos pés (esses pobres sacrificados que eu deixo gretar por não gostar deles) na esperança que amaciasse um pouco não só a minha pele como a minha alma. Pintei as unhas, ter as mãos bonitas prepara-as para a acção. E olhei ao espelho. Não me senti linda, é raro sentir. Mas não me senti horrível de todo, o que é um progresso em relação a ontem.

Olhei ao espelho. Tenho uma porta de oportunidades à minha frente. Abrir-se-á em um mês. Para quê agarrar-me tanto ao passado, se tenho a promessa de um futuro? Levo-o ao colo, na esperança que não se desintegre. Mas, caramba, se isso acontecer, tenho um mundo novo para agarrar. No entanto, aqui ando eu, de mãos ocupadas.

Olhei ao espelho. Tinha dedicado um tempo a mim, mas a mim mesmo, não à minha vida nem àquilo que nela se passa, para isso já sou egocêntrica que chegue nos dias normais. Olhei ao espelho e vi alguém que pode efectivamente ser independente e fazer algo de realmente brilhante. Olhei ao espelho e vi alguém que tem estado abafada por ninguém mais que ela mesma. Olhei ao espelho e vi possibilidades e sonhos e ambições.

Nunca deixarei de ser perfeccionista. Nunca deixarei de querer mais. Deixem-me ser assim, e pode ser que eu o aplique na direcção certa.

E desculpem pelos posts deprimentes. Eu prometo que o próximo será melhor.

* Edit após resolver discussão com o respectivo: Não é que não seja suficiente, eu gosto de estar com ele, é a melhor parte do meu dia, mas porra, estou tão farta de fazer as mesmas coisas e ir aos mesmos sítios... É mais estar farta desta cidade e ansiar desesperadamente por mais, por poder partilhar novidades e experiências novas, por ter algo divertidíssimo por fazer. O que não quer dizer que estarmos juntos é uma seca. É só que eu sou gananciosa: quero sempre mais e o que tenho nunca chega.




 
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Hi there. How's everything going? Me? Oh, I'm FINE. Everything's peachy! Hey, by the way, you know what I just found out? You were an idiot. In fact, you ARE an idiot.

Why, you ask? Well, you goddamn know why. You did it on purpose didn't you? It does make you feel important, doesn't it? Being an ass. Being arrogant and standing tall. Being all smug in your high horse of cruelty. It makes you feel superior. I know all about it. How good it feels, knowing that you are hurting others. You think you are winning now.

I know all about it. I can be an idiot too, you know? In fact, I was one. Actually, I AM one. I get a thrill out of making others feel like shit. Stepping on top of them does get me taller. In fact, if I could, I would put my feet right on top of that snotty nose of yours and crush the bullshit out of you. And by bullshit I mean all of your fake smiles, and hypocrisies, and cynicism, and dissimulation, and bitchy remarks said in low voice, and eye-rolls, and backstabbing, and arrogance, and rumors, and lies. Basically, everything you became.

But I won't. I won't. I will carry on with the bullshit. Mommy told me to be polite, and I'm going to be the most polite motherfucking bitch I can possibly be. I will smile when i feel like slapping the shit out of you. I will make small talk when I feel like insulting all the generations of your family that were born after 1800. 

Because you don't deserve having me losing my composure over your shitty person.

I'm Celia Foote in a world of Hillys. Watch "The Help" (the movie) and you'll get what I'm saying. And enrich yourselves along the way. 
 
Eat. My. Shit.